No próximo dia 4 de agosto, a Fundação Ataulpho de Paiva completará 116 anos. Em 1900, ano de sua criação, a tuberculose estava em franca ascensão no Brasil e no mundo, em virtude da rápida urbanização. Médicos e intelectuais, então, criaram a Liga Brasileira Contra a Tuberculose, que hoje é a FAP, para realizar atividades contra a doença e desenvolver trabalho assistencial. Mas os primeiros dias de agosto também marcam datas importantes para a tuberculose no estado do Rio de Janeiro.
No dia 3 será celebrado o Dia Municipal de Luta Contra a Tuberculose na cidade do Rio. Três dias depois, em 6 de agosto, duas efemérides importantes: a celebração dos 13 anos do Fórum Estadual de ONGs na Luta Contra a Tuberculose/RJ (Fórum ONGs Tuberculose RJ), entidade importante na difusão de informações sobre a doença e para a luta para a redução da enfermidade no estado do Rio; e o Dia Estadual de Luta Contra a Tuberculose. Para marcar a data, será realizada na Praça da Cruz Vermelha, de 9h às 12h do dia 6 de agosto, uma ação social para informar sobre a tuberculose.
Além disso, também será celebrada, de 1º a 7 de agosto, a Semana Municipal de Luta Contra a Tuberculose na cidade do Rio. Para marcar a data, a Câmara de Vereadores realizará, no dia 2 de agosto, a abertura oficial do evento e um debate com o tema “A tuberculose no sistema prisional”. As atividades acontecerão a partir das 18h no Plenário Teotônio Villela.
SOBRE A FAP
A Fundação Ataulpho de Paiva é a única fabricante da BCG (Bacilo de Calmette-Guérin), a vacina contra a tuberculose. As atividades da Fundação são baseadas em produção, pesquisa e assistência social. Com licença do Ministério da Saúde, tem competência para fabricar, embalar, importar, exportar, armazenar, distribuir e reembalar medicamentos, insumos, correlatos e produtos dietéticos.
Na época de sua criação, não existia tratamento etiológico e de prevenção contra a doença, cabendo à Liga Brasileira Contra a Tuberculose, então FAP, a iniciativa de combater a doença. A instituição, de caráter filantrópico, foi responsável pelos primeiros dispensários no Rio de Janeiro: o Azevedo Lima, fundado em 1902, e o Visconde de Moraes, em 1911. A Liga também criou o serviço de assistência domiciliar, em 1913, que tinha por finalidade dar assistência médico-social aos portadores de tuberculose que não podiam se locomover até o dispensário.
A Fundação inaugurou as primeiras instalações de produção da vacina BCG oral em dezembro de 1930. Em 1933, o espaço foi ampliado para atender tanto a vacinação efetuada diretamente pela Liga Brasileira Contra a Tuberculose quanto ao Departamento Nacional de Saúde, que necessitava de 20 mil doses anuais. Com o combate à tuberculose por parte do Governo Federal intensificado, houve a necessidade da construção de uma nova área de produção de BCG. Em 1940 foi inaugurado o Instituto Viscondessa de Moraes (IVM), atual sede da Fundação.