Alerta no piauí por poucos dados sobre tuberculose


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Um grande exemplo do quanto é nocivo o número reduzido de notificações de casos de tuberculose por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) acontece no Piauí, onde 73 municípios, de um total de 224, não informaram isso à Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) em 2014, segundo o Ministério da Saúde. Algo que reflete diretamente no baixo número de registros de cura: 7,9%.  A carência de informação torna impreciso o fato de o Piauí aparecer em 22º lugar em número de casos novos entre os 27 estados da federação e 9º lugar no Nordeste, conforme indicadores do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Afinal, outros estados se mobilizaram muito mais para notificá-los.

Todos os municípios do Piauí aderiram ao pacto com o governo estadual e federal de participação nos programas da Qualidade de Acesso às Ações de Vigilância e Saúde (PQAVS) e da Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) como parte da política de descentralização da saúde. As unidades da federação firmaram no plano o objetivo de percentual de cura em 85%. Os tratamentos de tuberculose não concluídos ou os que foram concluídos, mas não tiveram registro, chegaram a 70,4% dos casos notificados no Piauí em 2014.

A pouca participação nas notificações sobre tuberculose no Piauí deixou o governo estadual em estado de alerta, a ponto de divulgar nota técnica sobre a importância do fechamento documental dos casos da enfermidade, com referência ao bloqueio ou perda de recursos de 90% dos municípios piauienses por não cumprirem as exigências de notificações do governo federal. Sem informação, a população local corre mais riscos de contágio pela falta de controle em relação à doença.