O Brasil conseguiu atingir as metas dos Objetivos do Milênio (ODM) de combate à tuberculose com três anos de antecedência. De 2006 a 2015, a incidência de casos de tuberculose no Brasil caiu 20,2%, passando de 38,7 casos/100 mil habitantes em 2006 para 30,9 casos/100 mil habitantes em 2015. Já a taxa de mortalidade, que era de 2,6 para cada 100 mil habitantes em 2004, passou para 2,2 óbitos em 2014.
Em relação ao número de casos novos, a redução nos últimos 10 anos foi de 12,5%. Em 2015, foram notificados 63.189 casos em todo o país, contra 72.213 em 2006. Os dados são do Ministério da Saúde. O Brasil, além de atingir as metas, aderiu ao compromisso global de redução de 95% dos óbitos e 90% do coeficiente de incidência da tuberculose até 2035. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, atualmente, existam no mundo nove milhões de casos novos da doença.
A tuberculose é uma doença grave, mas tem cura. E para que o tratamento tenha eficácia, é importante não o interromper nos primeiros sinais de melhora. O tratamento da doença, que tem a duração mínima de seis meses, é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com controle por parte do Ministério da Saúde sob os medicamentos ministrados. A medicação para o tratamento da tuberculose não é comercializada em farmácias. Os medicamentos são fornecidos pela rede pública de forma gratuita, a partir do diagnóstico.
A Fundação Ataulpho de Paiva (FAP) é a única fabricante da vacina BCG no Brasil, que imuniza contra a tuberculose. A compra e a distribuição da maior parte de sua produção é feita pelo Ministério da Saúde. A BCG pode ser encontrada em postos de saúde em todo o país, além de clínicas de vacinação particulares.
A imunização via BCG é feita em dose única. Os bebês devem ser imunizados com a vacina BCG obrigatoriamente no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro anos.