Posted on dez 15, 2016 in FAP, Tuberculose

Todos devemos ter atenção à tuberculose, e as pessoas idosas também precisam acompanhar os sintomas da doença. Isso porque quanto mais a idade avança, menor fica a capacidade de defesa imunológica do organismo. Além disso, o diagnóstico da tuberculose pode ser dificultado em idosos, que têm possibilidade maior de utilizar remédios para outros males que acabam mascarando a doença.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa é que em 2050 a população idosa de todo o mundo seja superior a 1 bilhão de pessoas – o Brasil poderá ter quase 25% da população de idosos, segundo a mesma estimativa. O primeiro aspecto a ser lembrado em relação à doença é a prevenção. A tuberculose é transmitida pelo ar e ocorre de pessoa a pessoa. Os locais fechados e a aglomeração de pessoas são situações favoráveis para a circulação da Mycobacterium tuberculosis, a bactéria que é a principal causadora da doença.
Também é preciso ficar atento aos sintomas. Na maioria das pessoas infectadas, os sinais mais frequentes da tuberculose são: tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, em muitas das vezes, em uma tosse com secreção sanguinolenta; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza e prostração.
Em idosos, um fator complicador é que pode haver o abandono de tratamento em virtude de reações causadas pelos medicamentos. Se isso ocorrer, a bactéria pode ficar resistente. Mas é importante lembrar que a tuberculose tem cura o O tratamento da doença é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com controle por parte do Ministério da Saúde sob os medicamentos ministrados.
A medicação para o tratamento da tuberculose não é comercializada em farmácias. Ela é fornecida pela rede pública de forma gratuita, a partir do diagnóstico. O tratamento dura no mínimo seis meses e é fundamental que nos primeiros sinais de melhora, o paciente seja orientado pelo profissional de saúde a dar continuidade à medicação.
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Posted on dez 7, 2016 in FAP, Tuberculose

A tuberculose é uma das doenças que mais atingem o sistema prisional brasileiro. Como forma de manter a constante prevenção à doença, a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo inovou e lançou, durante este ano de 2016, o concurso “Vencendo a Tuberculose”, que envolveu a população prisional. Com a criação de histórias em quadrinhos, os presos informavam aos demais detentos os meios de prevenir a doença, reconhecer seus sintomas, a importância do diagnóstico correto e do tratamento adequado para a cura da tuberculose.
O trabalho foi realizado pelo Grupo de Planejamento e Gestão de Atenção à Saúde da População Prisional (GPGASPP) em parceria com o Grupo Regional de Ações de Trabalho e Educação (Grate) e com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES). Durante o processo de criação das histórias em quadrinhos, os presos tiveram o apoio dos Grates, que ofereceram roteiro de como produzir histórias em quadrinhos e material técnico de consulta sobre a tuberculose.
Ao todo, cerca de 2.600 trabalhos foram inscritos. A avaliação final do concurso levou em consideração quatro quesitos: título da história em quadrinhos, conteúdo – desenvolvimento da história em coerência com o tema –, criatividade e originalidade, e qualidade do desenho. O melhor trabalho classificado foi da PI de Balbinos, com o cartaz “Combatendo a Tuberculose” (é a imagem ilustra esse texto).
Além da criação das histórias, o concurso também levou em consideração a busca ativa para o diagnóstico da tuberculose e o tratamento da doença dentro das unidades prisionais. Para os Centros de Detenção Provisória, foi analisado se as unidades realizaram o diagnóstico coletivo de no mínimo 20% da população prisional. Já nas Penitenciárias, Centros de Progressão Penitenciária e Centros de Ressocialização, foi avaliado se, além das buscas ativas, as unidades também possuíam 15 ou mais casos de tuberculose em 2015, que iniciaram o tratamento em 2016 e obtiveram pelo menos 85% de cura.
TB TEM CURA
A tuberculose é uma doença grave, mas tem cura. E para que o tratamento tenha eficácia, é importante não o interromper nos primeiros sinais de melhora. O tratamento da doença, que tem a duração mínima de seis meses, é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com controle por parte do Ministério da Saúde sob os medicamentos ministrados. A medicação para o tratamento da tuberculose não é comercializada em farmácias. Os medicamentos são fornecidos pela rede pública de forma gratuita, a partir do diagnóstico.
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Posted on nov 24, 2016 in FAP, Tuberculose

Prof. Arlindo de Assis e vacinadoras domiciliares da década de 1950
A Fundação Ataulpho de Paiva tem uma história marcante no combate à tuberculose no Brasil. A FAP foi a pioneira no uso da BCG no país. Em 1927, com a chegada do professor Arlindo de Assis, a Fundação iniciou pesquisas no Brasil e no exterior. Assis foi o pioneiro no uso do BCG no país, sendo seu maior pesquisador e incentivador. Ele dirigiu o serviço de vacinação pelo BCG da Liga Brasileira Contra a Tuberculose (atual FAP) e, com o apoio de Ataulpho de Paiva, inaugurou o serviço de prevenção à tuberculose pela vacina BCG.
Iniciada pela FAP, no Rio de Janeiro, a vacinação não demorou a se difundir por todo o país. A Fundação inaugurou as primeiras instalações de produção da vacina BCG oral, em dezembro de 1930. Em 1933, o espaço foi ampliado para atender tanto a vacinação efetuada diretamente pela Liga Brasileira Contra a Tuberculose quanto ao Departamento Nacional de Saúde, que necessitava de 20 mil doses anuais.
HISTÓRIA
A Liga Brasileira Contra a Tuberculose criou o serviço de assistência domiciliar, em 1913, com a finalidade de dar atendimento médico-social aos portadores de tuberculose que não podiam se locomover até a unidade de tratamento. A Instituição, aliás, foi responsável pelos primeiros dispensários no Rio de Janeiro: o Azevedo Lima, fundado em 1902, e o Visconde de Moraes, em 1911.
Os ensaios com vacinação BCG no Brasil se iniciaram em maio de 1925, com a administração de uma cultura de bactéria (BCGs provenientes do Instituto Pasteur) presenteada por Júlio Elvio Moreau, bacteriologista uruguaio.

No Instituto Pasteur, em Paris, Dr. Van Deinse entrega a placa Pasteur ao Prof. Arlindo de Assis
SOBRE A FAP
A Fundação Ataulpho de Paiva é a única fabricante da vacina BCG no Brasil, que imuniza contra a tuberculose. A compra e a distribuição da maior parte de sua produção é feita pelo Ministério da Saúde. A BCG pode ser encontrada em postos de saúde em todo o país, além de clínicas de vacinação particulares. A imunização via BCG é feita em dose única. Os bebês devem ser imunizados com a vacina BCG obrigatoriamente no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro anos.
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Posted on nov 21, 2016 in BCG, FAP, Tuberculose

Um estudo feito pelo Instituto de Biomedicina de Valência, na Espanha, identificou que a tuberculose avançou em todo o mundo por causa de dois fatores: uma distribuição mundial graças aos colonizadores europeus e uma capacidade biológica que a permitiu se adaptar às características de cada novo ambiente. O estudo, publicado pela “Nature Genetics”, mostra que a evolução da enfermidade só a tornou mais presente: segundo o relatório global da tuberculose, elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença matou, só em 2015, 1,8 milhão de pessoas e infectou outras 10,4 milhões.
O estudo analisa os diferentes tipos de tuberculose, os classifica em linhagens (ou famílias) e descreve o mecanismo molecular que faz com que as algumas das cepas tenham “colonizado” o mundo e outros sejam raridades locais, uma informação que permitirá desenvolver o diagnóstico e elaborar tratamentos específicos.
“Nosso objetivo era entender se há genótipos de tuberculose mais bem-sucedidos na transmissão, identifica quais são e entender que mecanismos moleculares permite que a doença se propague assim”, explicou o pesquisador do Instituto de Biomedicina de Valência (IBV-CSIC), Iñaki Comas. As informações são da Agência de Notícias EFE.
Por estudos anteriores, os cientistas já sabiam que a bactéria da tuberculose se divide em sete grandes linhagens, algumas muito específicas de regiões concretas e outras, as “generalistas”, amplamente distribuídas pelo mundo. Dos sete tipos, os pesquisadores queriam estudar o número 4 – o mais propagado.
Com amostras de todo mundo e através de um estudo genético, os pesquisadores dividiram a linha 4 em dez subfamílias, algumas com presença em todos os continentes e responsáveis pelo maior número de casos de tuberculose registrados no mundo.
“Mas quais são as chaves do êxito? Por que a tuberculose chegou a todos os cantos do planeta? O estudo constata que a dispersão responde a duas questões: uma histórica e outra biológica. Este grupo genético tão bem-sucedido se originou na Europa e, desde lá, com a colonização europeia, chegou aos diferentes continentes. Mas não só se dispersou, também se manteve em todos esses locais. Hoje em dia, é o vírus mais bem-sucedido”, disse Iñaki Comas.
Sobre as causas biológicas, Comas disse que os antígenos da bactéria da linhagem têm mais diversidade do que as demais, o que indica que houve uma “coadaptação”. “A bactéria soube se adaptar às novas populações que foi encontrando”, afirmou.
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Posted on nov 8, 2016 in Tuberculose

A tuberculose é tratada como uma doença cotidiana e comum na comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A banalização da doença contribui para a demora na busca por diagnóstico, dificultando o início do tratamento, considerado cansativo pelos pacientes. As informações são de um estudo que está sendo feito por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). A Rocinha apresenta alta prevalência de tuberculose na cidade do Rio. As informações são da Agência Fiocruz de Notícias.
A expectativa é de que a pesquisa colabore para a formulação de estratégias para aperfeiçoar os índices de adesão ao tratamento. “Foi possível compreender percepções individuais sobre a tuberculose, assim como as principais dificuldades atribuídas ao enfrentamento do agravo”, diz o pesquisador Márcio Luiz Mello, do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC/Fiocruz.
Desafios no combate à tuberculose, o abandono e a baixa adesão ao tratamento podem abrir espaço para formas resistentes da doença, que não respondem aos medicamentos disponíveis. Sobre o abandono do tratamento, as justificativas apontadas pelos entrevistados incluem a dificuldade para conciliar a rotina de trabalho, os efeitos colaterais dos remédios e a longa duração do tratamento.
Há, também, casos de pessoas que sofrem com o estigma da doença. Pessoas chegaram a esconder o diagnóstico de familiares e de colegas de trabalho por medo de sofrer rejeição. “As atitudes de segregação podem levar as pessoas com tuberculose a se afastar de ambientes onde, até então, elas se sentiam confortáveis, como o local de trabalho, por exemplo. Conhecer a interpretação que pessoas com diferentes vivências têm da doença é fundamental”, explicou Mello.
O estudo faz parte de um projeto de pesquisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), que investiga os motivos para o abandono do tratamento. A iniciativa é coordenada por Anna Cristina Calçada Carvalho, pesquisadora do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC/Fiocruz. O texto completo pode ser conferido clicando aqui.
A Fundação Ataulpho de Paiva é a única produtora no país da vacina BCG, para o tratamento da tuberculose. A vacina é oferecida gratuitamente pelo Governo Federal à população, pois faz parte do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. A produção da FAP, adquirida pelo Ministério da Saúde, atende 100% da demanda nacional. Hospitais e clínicas particulares, porém, também podem obter a BCG, através dos distribuidores credenciados.
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Posted on out 26, 2016 in FAP, Tuberculose

O relatório anual da Organização Mundial de Saúde sobre tuberculose, divulgado neste mês de outubro, mostra que, em 2015, o número de pessoas contaminadas com tuberculose chegou a 10,4 milhões, número acima do registrado no relatório anterior, que ficou em 9,6 milhões de infectados. Segundo o informe da OMS, 1,8 milhão de pessoas morreram vítimas desta doença em 2015 – 300 mil a mais que em 2014.
As cifras sobre as dimensões da epidemia foram revistas para cima essencialmente porque os pesquisadores se deram conta de que as estimativas da Índia, entre 2000 e 2015, eram muito baixas. Ao todo, seis países representam 60% dos novos casos: Índia, Indonésia, China, Nigéria, Paquistão e África do Sul.
O Brasil reduziu a incidência da tuberculose em 20,2% de 2006 a 2015, passando de 38,7 casos/100 mil habitantes em 2006 para 30,9 casos/100 mil habitantes em 2015. O país também reduziu em 12,5% o número de novos casos em 10 anos: em 2015, foram notificados 63.189 casos em todo o país, contra 72.213 em 2006. Ainda assim, o Brasil faz parte da lista da OMS dos 22 países que concentram 80% da carga da doença em todo mundo. Segundo o último relatório, os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) concentram cerca de 50% de todos os casos no mundo.
COMBATE AMPLIADO
Segundo a diretora da OMS, Margaret Chan, a luta para alcançar os objetivos mundiais no combate à tuberculose é cada vez mais difícil. “Teremos que aumentar substancialmente nossos esforços sob o risco de ver países continuamente castigados por esta epidemia mortal e não alcançar nossos objetivos”, diz Margaret Chan.
A meta da OMS é reduzir o número absoluto de mortes por tuberculose em 35% e de contágios em 20% até 2020, com relação aos números de 2015. O objetivo para 2030 é diminuir em 90% a quantidade de mortos por tuberculose e em 80% os infectados.
TB TEM CURA
A tuberculose é uma doença grave, mas tem cura. E para que o tratamento tenha eficácia, é importante não o interromper nos primeiros sinais de melhora. O tratamento da doença, que tem a duração mínima de seis meses, é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com controle por parte do Ministério da Saúde sob os medicamentos ministrados. A medicação para o tratamento da tuberculose não é comercializada em farmácias. Os medicamentos são fornecidos pela rede pública de forma gratuita, a partir do diagnóstico.
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