O conhecido fenômeno El Niño tem causado problemas que vão além das alterações de fatores climáticos regionais e globais. No Peru, por exemplo, o governo de Ollanta Humala Tasso teve no final de setembro que recorrer a Decreto Supremo de emergência para reforçar serviços de saúde e prevenir enfermidades decorrentes dele, entre as quais ligadas a infecções respiratórias agudas em 19 de departamentos, entre os quais Lima, e na província constitucional del Callao. Tais efeitos do El Niño costeiro devem durar até o verão de 2016 e tendem a converterem-se a níveis de emergência 4 e 5. Há o aquecimento fora do normal das águas superficiais e subsuperficiais e os ventos sopram com menos força na região central do Oceano Pacífico.
A medida, de número 030-2015-AS, que foi publicada no diário “El Peruano”, abrange 90 dias, nos quais a população local estará às voltas com o alto risco de enfermidades diarreicas agudas, malária, dengue, chikungunya, leptospirose, infecções da pele, além das infecções respiratórias e outras. O Ministério da Saúde peruano teme o colapso dos serviços do setor, e por isso a norma exige que contratações e aquisições estejam dirigidas exclusivamente para os fins dessa emergência e que haja o relato das atividades, recursos executados e resultados.
Além deLima, outros departamentos peruanos beneficiados com o decreto são: Tumbes, Piura, Lambayeque, La Libertad, Cajamarca, Amazonas, San Martín, Áncash, Ica, Arequipa, Cusco, Puno, Junín, Loreto, Ucayali, Huánuco, Pasco e Madre de Dios.