A tuberculose é uma das doenças que mais atingem o sistema prisional brasileiro. Como forma de manter a constante prevenção à doença, a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo inovou e lançou, durante este ano de 2016, o concurso “Vencendo a Tuberculose”, que envolveu a população prisional. Com a criação de histórias em quadrinhos, os presos informavam aos demais detentos os meios de prevenir a doença, reconhecer seus sintomas, a importância do diagnóstico correto e do tratamento adequado para a cura da tuberculose.
O trabalho foi realizado pelo Grupo de Planejamento e Gestão de Atenção à Saúde da População Prisional (GPGASPP) em parceria com o Grupo Regional de Ações de Trabalho e Educação (Grate) e com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES). Durante o processo de criação das histórias em quadrinhos, os presos tiveram o apoio dos Grates, que ofereceram roteiro de como produzir histórias em quadrinhos e material técnico de consulta sobre a tuberculose.
Ao todo, cerca de 2.600 trabalhos foram inscritos. A avaliação final do concurso levou em consideração quatro quesitos: título da história em quadrinhos, conteúdo – desenvolvimento da história em coerência com o tema –, criatividade e originalidade, e qualidade do desenho. O melhor trabalho classificado foi da PI de Balbinos, com o cartaz “Combatendo a Tuberculose” (é a imagem ilustra esse texto).
Além da criação das histórias, o concurso também levou em consideração a busca ativa para o diagnóstico da tuberculose e o tratamento da doença dentro das unidades prisionais. Para os Centros de Detenção Provisória, foi analisado se as unidades realizaram o diagnóstico coletivo de no mínimo 20% da população prisional. Já nas Penitenciárias, Centros de Progressão Penitenciária e Centros de Ressocialização, foi avaliado se, além das buscas ativas, as unidades também possuíam 15 ou mais casos de tuberculose em 2015, que iniciaram o tratamento em 2016 e obtiveram pelo menos 85% de cura.
TB TEM CURA
A tuberculose é uma doença grave, mas tem cura. E para que o tratamento tenha eficácia, é importante não o interromper nos primeiros sinais de melhora. O tratamento da doença, que tem a duração mínima de seis meses, é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com controle por parte do Ministério da Saúde sob os medicamentos ministrados. A medicação para o tratamento da tuberculose não é comercializada em farmácias. Os medicamentos são fornecidos pela rede pública de forma gratuita, a partir do diagnóstico.