Muitas pessoas com pneumonia pensam estar com tuberculose por apresentarem quadros de tosse e expectoração, mas basta um pouco de informação para começar a perceber, na maioria dos casos, enormes diferenças de uma doença para outra. A começar pelo fato de a pneumonia não ocorrer por contágio como a tuberculose, ou seja, não passa de uma pessoa para outra.
A pneumonia consiste numa doença inflamatória aguda nos pulmões oriunda de vírus, rickettsia, fungos ou bactérias, como a Pneumococo, responsável pela maioria dos casos. Já a transmissão da tuberculose acontece por meio do Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch) encontrado em finas gotículas de muco ou saliva, cuja prevalência de instalação está nos pulmões (85%) e pode desenvolver-se rapidamente em outras áreas do corpo.
Os sintomas da tuberculose mais conhecidos são tosse persistente por mais de três semanas e com pus e sangue se não tratada, suor noturno excessivo, febre, complicações respiratórias, esgotamento, mal estar generalizado, escarro amarelado ou esverdeado pela manhã, dores no tórax, perda de peso e anorexia. A piora dos sintomas ocorre devagar, mas em caso de suspeita deve-se procurar logo um médico para exames. O tratamento, como na pneumonia bacteriana, é à base de antibióticos.
Quanto à pneumonia, caracteriza-se por febre alta, tosse produtiva, dores no tórax, alterações de pressão, confusão mental, mal-estar geral, falta de ar, secreção purulenta amarelada ou esverdeada e fraqueza. Sua evolução é rápida e há necessidade de atendimento médico logo nas primeiras horas. A complicação pode decorrer de gripe.
Como se vê, em ambas há sinais e sintomas semelhantes, porém com particularidades bem diferenciadas. A distinção entre uma doença e outra se torna mais complexa em relação a pacientes idosos, diabéticos, hepatopatas – grupo de pessoas com doenças que atingem o fígado de forma primária ou secundária – ou portadores do vírus HIV e naqueles que têm insuficiência renal crônica.