Instituição produtora da vacina contra a tuberculose no país, a FAP fabrica, anualmente, cerca de 15 milhões de doses da BCG intradérmica em sua atual unidade fabril, o Instituto Viscondessa de Moraes, no bairro de São Cristóvão (zona norte do Rio de Janeiro).
A Fundação Ataulpho de Paiva também produz o Imuno BCG®, medicamento indicado para o tratamento do câncer superficial de bexiga. O Brasil registra cerca de 10 mil casos de câncer de bexiga por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Desenvolvido pela FAP, o Imuno BCG® é utilizado no tratamento de metade dos casos.
Os testes de Controle de Qualidade da Vacina BCG são efetuados na própria FAP, bem como no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde – INCQS, lote por lote, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde.
Além do Ministério da Saúde, são clientes da FAP as secretarias de saúde estaduais e o mercado institucional particular, como por hospitais, clínicas de vacinação e urologistas.
Um pouco de história
A Fundação inaugurou as primeiras instalações de produção da vacina BCG oral, em dezembro de 1930. Em 1933, o espaço foi ampliado para atender tanto a vacinação efetuada diretamente pela Liga Brasileira Contra a Tuberculose quanto ao Departamento Nacional de Saúde, que necessitava de 20 mil doses anuais. O combate à tuberculose por parte do Governo Federal foi intensificado, tornando-se imprescindível a construção de uma nova área de produção de BCG. Em 1940, era inaugurado o Instituto Viscondessa de Moraes (IVM).
A produção de BCG Oral passou de 20 mil doses anuais, em 1932, para 600 mil doses, em 1949, chegando a 4.665.388 em 1960. Em 1972, a Fundação Ataulpho de Paiva recebeu, através da benemérita Misereor, um liofilizador, iniciando a produção em escala industrial. Com a introdução do processo de liofilização, o Instituto Viscondessa de Moraes passou a produzir também a vacina BCG liofilizada, para uso intradérmico, e, concentrada (40mg), para uso percutâneo.