Uma pessoa saudável está praticamente livre de contrair a tuberculose. Esse é um dos grandes motivos para total atenção à boa alimentação desde bebê. No início da vida, nada na alimentação substitui em poder nutricional o aleitamento materno, fundamental para a defesa contra infecções, na fisiologia e no desenvolvimento cognitivo e emocional. A amamentação, principalmente a exclusiva – leite materno como única fonte de alimentação durante os primeiros seis meses de vida –, tem reduzido as mortes de crianças menores de 5 anos no mundo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Ministério da Saúde (MS) recomendam o aleitamento materno por seis meses e complementado até os dois anos ou mais por alimentos como sopas, papas, entre outros. Contudo, conforme alerta o próprio MS, as taxas de aleitamento materno no Brasil estão muito longe do ideal, apesar de progressos desde a implantação, no início da década de 80, do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno.
A preocupação quanto aos baixos números de aleitamento no país levou à criação da publicação “Saúde da Criança: Nutrição Infantil – Aleitamento Materno e Alimentação Complementar, que está no Caderno de Atenção Básica número 23 do MS. Essa alerta para o risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricionalmente inferiores ao leite materno, caso dos alimentos muito diluídos. Conforme a publicação, o leite materno é importante fonte de nutrientes: dois copos (500ml) no segundo ano de vida provê 95% das necessidades de vitamina C, 45% de vitamina A, 38% de proteína e 31% do total de energia.
Segundo análise da World Health Organization de 2000 em três continentes, as crianças não amamentadas aos dois anos tinham chance aproximadamente duas vezes maior de morrer por doença infecciosa em relação às amamentadas.