Administradora de unidade, irmã Antônia recebeu a equipe de TV
A palavra lar, derivada do latim, liga-se à ideia de calor, nada como o abrigo da casa para trazer a sensação de segurança. Lar é aconchego. E é na casa da irmã Antônia, o Preventório Rainha Dona Amélia, que 150 crianças recebem muito carinho. Este lugar repleto de amor e história foi tema de uma reportagem do programa “Morar” (do canal GNT), dedicado à Ilha de Paquetá. Na entrevista, a irmã, que há 13 anos administra a instituição, falou sobre o Preventório, cuja arquitetura remonta ao ano de 1927, quando foi criado pela Fundação Ataulpho de Paiva (FAP).
A cada episódio, o “Morar” realiza matérias sobre moradias de cidades ou regiões do país. Paquetá é retratada no programa como um lugar quase mágico, apartado das confusões das grandes cidades e a casa da irmã Antônia, no Preventório, um exemplo deste estilo de viver (e morar). As imagens mostram dormitórios e o refeitório da sala com TV, onde é realizado o projeto social da FAP.
Trata-se também de uma jóia arquitetônica e o programa mostrou a capela, onde, às 5 horas da manhã, a irmã faz suas orações.
“Ao fundo, ouve-se o vento soprando, trazendo a brisa marinha. Uma morada religiosa é sem fronteira, aqui é minha casa durante todo o tempo que
eu trabalhar nesse local. O som do mar dá o tom da calmaria, como eu gosto do mar! Todo o trabalho e cansaço dão lugar ao relaxamento”, destaca a irmã na reportagem, referindo-se ao cotidiano no Preventório.
O lugar que atualmente exala tanta beleza revela um passado triste e uma iniciativa louvável. O Preventório foi criado pela Fundação Ataulpho de Paiva (FAP) a fim de isolar os filhos de portadores de tuberculose, crianças que não estavam doentes, mas viviam em más condições de higiene e com desnutrição. Atualmente, a luta contra a tuberculose permanece, mas a “peste cinzenta” já não está em expansão.
Projeto – No espaço, meninas e meninos com idade entre dois e 11 anos encontram abrigo no local de 56,9 mil metros quadrados, antes de irem estudar ou quando voltam da escola.
“O mais importante que eles levam daqui é o carinho, afeto e o sentimento de que eles são cidadãos, são respeitados como pessoas”, disse a irmã Antônia, que conta com uma equipe multidisciplinar composta por 37 profissionais.
Na “casa” da irmã Antônia, as crianças obtêm alimentação, atendimento nutricional, médico e odontológico, além de realizarem atividades educacionais, religiosas, recreativas e musicais, das 7h 30 às 17 horas. A FAP realiza o projeto com recursos próprios, oriundos da venda de seus produtos, sem qualquer tipo de recebimento de subsídios ou subvenções, não possuindo mantenedores.
Assista ao resumo do programa “Morar”
O programa na íntegra está disponível somente para assinante de determinadas operadoras de TV por assinatura no link: http://globosatplay.globo.com/gnt/v/3458918/