A Fundação Ataulpho de Paiva tem uma história marcante no combate à tuberculose no Brasil. A FAP foi a pioneira no uso da BCG no país. Em 1927, com a chegada do professor Arlindo de Assis, a Fundação iniciou pesquisas no Brasil e no exterior. Assis foi o pioneiro no uso do BCG no país, sendo seu maior pesquisador e incentivador. Ele dirigiu o serviço de vacinação pelo BCG da Liga Brasileira Contra a Tuberculose (atual FAP) e, com o apoio de Ataulpho de Paiva, inaugurou o serviço de prevenção à tuberculose pela vacina BCG.
Iniciada pela FAP, no Rio de Janeiro, a vacinação não demorou a se difundir por todo o país. A Fundação inaugurou as primeiras instalações de produção da vacina BCG oral, em dezembro de 1930. Em 1933, o espaço foi ampliado para atender tanto a vacinação efetuada diretamente pela Liga Brasileira Contra a Tuberculose quanto ao Departamento Nacional de Saúde, que necessitava de 20 mil doses anuais.
HISTÓRIA
A Liga Brasileira Contra a Tuberculose criou o serviço de assistência domiciliar, em 1913, com a finalidade de dar atendimento médico-social aos portadores de tuberculose que não podiam se locomover até a unidade de tratamento. A Instituição, aliás, foi responsável pelos primeiros dispensários no Rio de Janeiro: o Azevedo Lima, fundado em 1902, e o Visconde de Moraes, em 1911.
Os ensaios com vacinação BCG no Brasil se iniciaram em maio de 1925, com a administração de uma cultura de bactéria (BCGs provenientes do Instituto Pasteur) presenteada por Júlio Elvio Moreau, bacteriologista uruguaio.
SOBRE A FAP
A Fundação Ataulpho de Paiva é a única fabricante da vacina BCG no Brasil, que imuniza contra a tuberculose. A compra e a distribuição da maior parte de sua produção é feita pelo Ministério da Saúde. A BCG pode ser encontrada em postos de saúde em todo o país, além de clínicas de vacinação particulares. A imunização via BCG é feita em dose única. Os bebês devem ser imunizados com a vacina BCG obrigatoriamente no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro anos.