O imaginário popular brasileiro é composto por uma série de histórias e personagens, como o Saci Pererê, o Curupira e a Sereia Yara, que fizeram parte da infância de muita gente. Para homenageá-los, a criançada do Preventório Rainha Dona Amélia, em Paquetá, comemorou, na tarde do dia 22 de agosto, o Dia do Folclore com direito a comidas típicas e danças. Os pais das crianças atendidas na unidade de ação social da Fundação Ataulpho de Paiva participaram da festa pela primeira vez, reforçando a importância da aproximação com a comunidade.
Na quadra do Preventório, havia um pouco de tudo, desde banana frita e guaraná da Amazônia à broa de milho, doce de abóbora e canjica, bem ao estilo da cultura brasileira. “Nós pesquisamos receitas de pratos típicos de diferentes regiões. Durante o evento, tínhamos cerca de 10 pratos que representavam o Nordeste, o Sul e outros lugares do Brasil”, contou a coordenadora da instituição, Helen Madeira.
A cada mês, as recreadoras desenvolvem atividades temáticas. Em agosto, o tema foi folclore. Em pinturas em mural e trabalhos com argila e palha de coqueiro, o artesanato das 150 crianças atendidas no Preventório ficou exposto para que os pais apreciassem.
“As crianças ficaram bastante contentes, sobretudo porque os pais puderam vê-las. Alguns até entraram na ciranda de roda”, destacou a coordenadora do Preventório.
Apresentações – Foram realizadas cinco apresentações de danças, com os participantes caracterizados. O Nordeste foi reverenciado por meninos e meninas de quatro a cinco anos, o estado de Pernambuco, de seis a oito; o Sul, de nove a 11; além da molecada que incorporou o folclore amazônico.
Para Helen, celebrar o Dia do Folclore é resgatar culturas que não podem se perder ao longo do tempo, mostrando as riquezas do Brasil. Ao alimentar a imaginação das novas gerações com o Bumba meu boi, o boto-cor-de-rosa, a mula sem cabeça e tantas outras personagens que há décadas fazem parte de nossa história, a Fundação Ataulpho de Paiva (FAP) contribui para a preservação do folclore e da cultura brasileira.
Com 56,9 mil metros quadrados, o Preventório Rainha Dona Amélia atende meninas e meninos com idade entre dois e 11 anos. Antes de irem para a escola ou ao retornarem, as crianças obtêm alimentação, atendimento nutricional, médico e odontológico, enquanto os pais trabalham. A FAP realiza o projeto com recursos próprios, oriundos da venda de seus produtos, sem qualquer tipo de recebimento de subsídios ou subvenções, não possuindo mantenedores.