Caso não haja a formação de cicatriz após seis meses da aplicação da vacina BCG contra o Mycobacterium tuberculosis, causador da tuberculose, torna-se necessária a revacinação. Uma cicatriz de 4mm a 7mm de diâmetro costuma aparecer depois de sequência de reações, com evolução da lesão vacinal, em 95% dos vacinados. Essa marca significa que o organismo está protegido em relação à enfermidade, e caso não exista deve haver avaliação médica sobre a aplicação de nova vacina.
Prioritária em crianças de zero a 4 anos, obrigatória no primeiro ano de vida desde 1975 e indicada para qualquer idade, a BCG, criada em 1921 na França, passou a ser referência mundial, importante nos esforços para controle dos efeitos prejudiciais da tuberculose, após concluídos estudos de 16 laboratórios certificados pela OMS.
A recomendação do Ministério da Saúde, baseada na OMS, refere-se à utilização da BCG por via intradérmica, pois a via percutânea não permite conhecer com precisão a dose de bacilos inoculados. Sua aplicação ocorre no braço direito, na altura de inserção do músculo deltoide. Preparada com bacilos vivos de cepa de Mycobacterium bovis, que têm virulência atenuada, a BCG tem sido produzida em alguns laboratórios no mundo de formas variadas. No Brasil, utiliza-se a estirpe Moreau – Rio de Janeiro na Fundação Ataulpho de Paiva (FAP), única fabricante no país da BCG.