Com a proximidade do inverno, é importante elevar os cuidados para evitar doenças respiratórias. Isso porque, com as baixas temperaturas aumentam os casos de infecções das vias aéreas inferiores, como gripes, bronquites e pneumonia. Em relação à tuberculose, é preciso ficar atento. Segundo dados do Ministério da Saúde, a cada ano são registrados no Brasil cerca de 70 mil novos casos de tuberculose e ocorrem 4,6 mil mortes em decorrência da doença.
O primeiro aspecto a ser lembrado é a prevenção. A tuberculose é transmitida pelo ar e ocorre de pessoa a pessa. No frio, os locais fechados e a aglomeração de pessoas são situações favoráveis para a circulação da Mycobacterium tuberculosis, a bactéria que é a principal causadora da doença. A dica é evitar, sempre que possível, esses ambientes.
Além disso, é preciso ficar atento aos sintomas. Na maioria das pessoas infectadas, os sinais e sintomas mais frequentes da tuberculose são: tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, em muitas das vezes, em uma tosse com secreção sanguinolenta; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza e prostração. Se você ou algum amigo ou conhecido seu apresentar esses sintomas, procure um posto de saúde para se informar e fazer os exames para diagnóstico da doença.
É importante lembrar que a tuberculose tem cura. O tratamento da doença é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com controle por parte do Ministério da Saúde sob os medicamentos ministrados. E atenção: a medicação para o tratamento da tuberculose não é comercializada. Ou seja, os remédios não são vendidos em farmácias. Toda a medicação é fornecida pela rede pública de forma gratuita, a partir do diagnóstico. O tratamento dura no mínimo seis meses e é fundamental que nos primeiros sinais de melhora, o paciente seja orientado pelo profissional de saúde a dar continuidade à medicação.
Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças, obrigatoriamente no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro anos, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de aids não devem receber a vacina. A Fundação Ataulpho de Paiva é a única produtora da vacina BCG no Brasil.